segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nada é por acaso: 2ª parte.

Nada é por acaso: 2ª parte.

Por: Moisés Oliveira


Parece que tudo se repete, só muda o ano e as figuras. Estou falando sobre as crises que surgem, sua forma de fabricação, tudo isso movido por uma única força, a econômica. A economia, como já foi escrito anteriormente, neste mesmo texto, move o mundo, move as ideias.

Quando o Consenso de Washington foi implantado a economia, principalmente da América Latina, estava passando por uma situação de crise como descrita abaixo:

Os anos 1990 foram “decepcionantes” para a economia latino-americana, afirma um relatório de especialistas divulgado em 2005. De acordo com o documento, as reformas estruturais realizadas estimularam o crescimento, mas não resolveram problemas antigos. Exemplos citados: o número de pobres aumentou em 14 milhões na década e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita caiu mais de 1%, em média, entre 1997 e 2002. Atualidades Vestibular, p.116,1ª semestre de 2006.

Em 1989 a proposta de criação do Consenso de Washington foi pensada pelo Williamson, ex-economista do FMI e do Banco Mundial. Ele elaborou uma lista de medidas que os Estados Unidos deveriam aplicar na América Latina. Essas mediadas foram adotadas obrigatoriamente pelos países latino-americanos, aqueles que deviam aos EUA. Ficou sendo a cartilha do FMI e do BM para todos os países submetidos à política das mesmas instituições financeiras.

Neoliberalismo, também pode ser chamado o Consenso de Washington. O neoliberalismo prega que, o Estado não deve exercer nenhum controle sobre a economia, “o neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser entregue às leis de mercado”. Atualidades Vestibular, 2006.

Deve, portanto, promover a abertura econômica por meio da liberalização financeira, comercial e da eliminação das barreiras aos investimentos estrangeiros; a política de privatização deve ser alargada, assim como redução de subsídios, gastos na área social por parte dos governos e mudança nas formas de contratação.

Alguns autores escrevem e falam que a Globalização é datada desde os séculos XV e XVII. Neste texto essas datas não são relevantes, isto porque não nos remeteremos a elas. Interessa-nos refletir como está posta a globalização hoje, em pleno século XXI.

A palavra indica que há crescente interdependência entre mercados, governos, empresas e movimentos sociais em nível global. Essa é a nova fase da economia mundial. Todos estão interligados.

Queda do Muro de Berlim em 1989. Mas antes disso quem não se lembra da crise de 1929? Quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Depois desse acontecimento ficou mais que evidente como estávamos interligados! Voltando a queda do muro. Representou o termino dos blocos entre a União Soviética e do Leste europeu.
É como digo às vezes, a sistematização do pensamento e da prática global ocorreu na década de 90 com a chegada das novas ferramentas tecnológicas, dando uma nova roupagem ao sistema de produção capitalista. Ferramentas estas que vão desde a rede de telecomunicação à produção de produtos entre países, exemplo do IPOD feito entre vários países.

Vejamos como está estruturado o planeta terra. Olha como estamos solidariamente organizados. Melhor não poderia estar. Somos, digo o Brasil, campeão de exportação de matéria prima, ainda não é um país que desenvolve manufaturas de forte política competitiva, mas, sim, matéria prima. Hoje a divisão está da seguinte forma:

As multinacionais espalham a cadeia produtiva por vários paises, barganhando com empresas e governos “vantagens competitivas”: componentes mais baratos, salários e impostos menores, menos obrigações trabalhistas e ambientais. Na divisão final do bolo, os paises exportadores de matérias-primas acabam ficando com pouco, enquanto as fatias mais gordas vão para os paises ricos, que controlam o comércio mundial dos manufaturados. Atualidades Vestibular, p.18,1ª semestre de 2009.

Para Marx o capitalismo era o processo normal que deveria seguir à história, passando pelo socialismo até chegar ao comunismo. Hoje não se pensa mais assim. Primeiro pelo desejado pela humanidade, o ter, o acumulo que, diga-se de passagem, está concentrado nas mãos de mais ou menos 2% da população mundial; segundo, a história não tem fim, mas sim nós, simples mortais.

Com a atual crise econômica mundial materializada em 2008, centenas de empresas no mundo inteiro estão sendo fechadas, assim como aumenta o já existente crescente nº. de desempregados no mundo inteiro, mais de 200 milhões, isso quando este texto estava sendo construído. Segundo o grupo dos 20, os mais desenvolvidos economicamente e aqueles em expansão econômica, a crise se estenderá até 2010. Enquanto não chega esse dia às demissões crescem a cada instante, é só acompanhar os noticiários veiculados pelo meio de comunicação que saberemos em quantos milhões está hoje.

Fechamento de indústrias e o crescimento da miséria afetarão mais ainda aqueles que sempre foram afetados, os pobres, a camada mais desfavorecida economicamente, principalmente dos países da América Latina. O plano milionário lançado pelos EUA na sua própria economia trouxe uma luz no final do túnel, mas não o suficiente para evitar a queda econômica no resto do mundo, nem na sua própria. Falam em solidariedade econômica entre os paises, mas quando a crise acabar será que os mais ricos falarão em solidariedade socioeconômica no combate ao crescimento da miséria no mundo em desenvolvimento?

Mundo a vista, bem vindos (as) ao mundo dos sonhos! Hoje o paraíso do capitalismo é nos EUA, 30 milhões de seus habitantes, 10% da sua população, vivem no limiar da pobreza. Assim como no Brasil nos EUA os negros são maioria, são vítimas da política síntese, que o Estado atrapalha o crescimento econômico, portanto não deve interferir na política econômica. Essa teoria cai por terra em plena crise econômica mundial, quando os Estados - Nações socorreram as grandes empresas e indústrias.

OS países, até o Brasil, são chamados a socorrerem os bancários, os grandes bancos, caso não façam serão responsabilizados pela situação causada pelos EUA. No Brasil investimentos que poderiam ir para a área social foram desviados, isso eles não falam, é só prestar atenção como está a educação, a saúde e a segurança, ou melhor, o crescimento da pobreza no Brasil

REREFÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

Os Pensadores. História da filosofia. Organizadora Bernadette Siqueira Abrão. São Pulo, ed. Nova Cultura, 1999.
Atualidades Vestibulares. Almanaque. 1ª semestre de 2006, ed. abril.
Atualidade Vestibular+ENEM. 1ª semestre de 2009, ed. Abril.

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