segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cosntrução de uma nova alternativa.

CONSTRUÇÃO DE UMA ALTERNATIVA.
1ª Parte.

Por, Moises Oliveira.

Todos nós sabemos que em 3 outubro 2010, pós euforia da Copa do Mundo, iremos às urnas para mais uma eleição, dessa vez para presidente, senador, governador e deputado federal.

Nas minhas conversas em sala de aula com alunos e alunas, nas minhas conversas na sala das professoras e professores, em bares, botecos, enfim, nos lugares por onde eu ando me surpreendo com as motivações de muitos brasileiros e brasileiras para votarem nessas eleições.

Tirando os militantes interessados em pagamentos por sua dedicação na preparação de campanha, seja por cargo ou dinheiro vivo; os militantes por convicção ideológica – em duas categorias, aqueles que ambicionam cargo por acreditarem em mudanças socioeconômicas e culturais, e aqueles que acreditam em mudanças estruturais, desde social a cultural, preferindo não ter nenhum cargo.

Assim como, os familiares dos candidatos; os amigos de infância ou mesmo de ambientes de trabalho, Escola, Faculdade, Universidade etc.; os cidadãos e cidadães que buscam retorno capital imediato, sendo empresários ou pessoas comuns. Por fim, os eleitores que deixam se seduzir pelo canto da seria; quem vai por livre escolha e com orgulho voltar em eleição no Brasil?

Houve uma época na história da nossa sociedade em que as convicções ideológicas estavam acima de retorno capital particular. Se a riqueza fosse possibilidade, precisaria ser possibilidade para o coletivo. Ficava fácil identificação de convicções ditas de esquerda e de direita. Época em que Socialismo e Capitalismo não sentavam na mesma mesa para negociar acordos políticos partidários, cujos interesses eram de ordem econômico e empresarial, assim como troca de favores.

Outrora, não muito distante, aproximadamente a partir de 1917 seria muito fácil a identificação de posições antagônicas reais. Podendo ser identificadas por meio do discurso em defesa de mudanças socioeconômicas e culturais para a maioria, assim como nos discursos dos que defendiam mudanças semelhantes para alguns.

Nostalgia? Sim. Por que não sentir saudade de uma época na qual no Brasil, muitas pessoas se orgulhavam em dizer, “eu sou de esquerda”? Território onde muitas lutas foram realizadas para que vivêssemos em terras democráticas?

Você que está lendo este texto já se perguntou, para que existe à política e o político? Muitos de nós desacreditados com a política partidária e com muitos dos políticos, será que não temos alternativa, a não ser a obrigação de votar forçadamente?

Imaginemos um belo dia, em solo brasileiro, a nós for dada a liberdade de exercer a nossa democracia, escolhendo ir voltar ou não? Quem será que aparecerá nas urnas? Que democracia é esta, mesmo contra a vontade da maioria da população votar é uma obrigação e não uma escolha? Por que será que pessoas são obrigadas a exercer um direito? Será que por causa daquela frase que muitos políticos e intelectuais proferem, “o povo é analfabeto politicamente”?

Aguardem a continuidade do texto 1. Em breve sairá o nº 2.

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